A Libertadores de cada rubro-negro

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Se você sobreviveu a este fim de semana, é hora de acalmar o coração, relaxar um pouco e fazer um balanço do que significou essa conquista do Tricampeonato da Libertadores para você. Será que já caiu a ficha? Talvez isso aconteça esta semana quando será possível um reencontro no Maracanã, mesmo que pela televisão. Sentir o clima mais perto é outra coisa.

Resolvemos ao longo destes dois dias – com uma eleição no meio – conversar e observar o que aconteceu com os torcedores do Flamengo, começando pela pergunta: onde você estava nesse sábado? No bar, em casa, sozinho, com amigos, em Guayaquil?

Vamos mais além, na verdade, onde estava sua cabeça durante a semana? Ficou claro que o nível de concentração para diversas atividades estava comprometido. E interessante, nem todos sabiam qual o motivo. Aquele mal-estar inexplicável durante a semana, somado a um clima político nunca visto, tinha um motivo. Como preparar o coração, aliás, como acalmar o coração depois de uma final da Copa do Brasil?

Os dias iam passando, até que chegou o sábado e a hora voou quase em um piscar de olhos. Os torcedores do Flamengo estavam espalhados por todos os cantos, cada um com seu jeito de torcer, suas crenças, suas superstições, suas possibilidades, seus sonhos e suas realidades.

Nessa hora, não dá pra julgar e definir as preferências de ninguém. É preciso respeitar os limites de cada um.  Tem a turma que programou fazer exatamente tudo diferente do ano passado. Tem o pessoal que não tem coração para ver o jogo, mesmo se estivesse no Maracanã. Quem não lembra dos torcedores no corredor do Maracanã sem coragem de acompanhar a cobrança dos pênaltis na Copa do Brasil? Os que não tiram os olhos da televisão. E os corajosos que viajaram até Guayaquil, no Equador.

Em Guayaquil?

Quem viajou, não imaginava o que aconteceria pela frente. Existem os que se endividaram, os que tinham guardado dinheiro e a turma que nem raciocinou para tomar essa decisão. Marcos Freitas, Leandro e Cristiano viveram um sonho em Guayaquil, para contar histórias por muitos anos e pra muita gente. Corajosos e com nervos de aço.

Com amigos? Em algum lugar

Tem a turma que se junta, bebe, conversa, se abraça, comemora e sofre junto. Essa proximidade é uma espécie de alento, no caso de dar algo errado ou explodir na comemoração. Estar junto é tudo de bom. Certo Matheus e toda a turma, André, Daniel, Rafaela, Felipe, Paulo Roberto, Regiani, Tuca, Ana, Lorena?

Sozinho?

Mas muitos não conseguem controlar a emoção e o coração, e a opção é ficar sozinho concentrado, rezando ou qualquer outra superstição. No relato do torcedor, não conseguia  nem olhar pra televisão e era da janela, com os gritos dos torcedores, que sabia o que acontecia no jogo entre Flamengo e Athélico PR. Ouvia os gritos e corria para a ver como estava a situação. Era quase gol, era a expulsão, era a linda troca de passes entre Rodinei, Everton e Gabigol. Ela olhava a movimentação nas janelas e varandas, como uma arquibancada, onde as pessoas se cumprimentavam e comemoravam.

Por vezes, o desabafo no Twitter foi uma possibilidade de escape, mas a arquibancada digital às vezes piorava as coisas.

Quando a vizinhança gritou o fim da partida, era hora de pular, vibrar, correr de uma janela pra outra. Era só comemoração. Parecia que algo tinha saído do peito e o corpo todo se sentia aliviado, pronto pra descarregar toda a tensão. Não foi muito difícil da torcedor descrever e fácil de visualizarmos toda a cena. (história de uma torcedora que preferiu manter o nome guardado)

E assim o sábado acabou, com uma arquibancada pelas ruas, com comemorações nos bares e entre amigos. Era preciso aliviar tudo o que tinham passado durante a semana.

No dia seguinte?

Hora de sair pra votar e muito escolheram uma forma de continuar comemorando, vestindo a camisa rubro-negra. Alguns se cruzam na rua, se olhavam e, sem precisar falar nada, abriam um sorriso, de alívio e de alegria.

Aproveitem o momento da forma que for melhor pra você e se permita estar cansado, mas feliz. Flamengo, Tricampeão da Libertadores da América. Sim, é verdade.

 

E nós? Continuamos tentando descobrir o que passa na cabeça do torcedor, enquanto preparamos a miniatura da Taça para a foto. Aproveitem.

 

 

 

 

 

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Post Author: Cristina Dissat