Não Antes da Chuva

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Que horas é a final do Rio Open? Muita gente estranha a terminologia do tênis que marca os horários da partida como “não antes de…”. Isso pode ser 14h, 15h30, 18h30 ou depois da chuva. E assim foram todos os oito dias do Rio Open, que aconteceu no Joquei Club. A competição premia o campeão em 500 pontos (ATP World Tour 500) e é considerada a maior da América Latina.

A expectativa era de uma final com nomes conhecidos, como os dois cabeças de chave do torneio – Rafael Nadal e David Ferrer – mas a surpresa veio e quem saiu com o troféu foi Pablo Cuevas (foto Alexandre Loureiro – aliás, um clique lindo que nosso parceiro cedeu para a matéria)

O que não foi surpresa, a partir do primeiro dia, foi a chuva. Todo fim de tarde ela se fazia presente com toda a pompa e circunstância. Plateia, organizadores, jogadores e imprensa paravam para olhar para o céu e para o celular, porque não passou um dia sem que chegasse o #alert do Centro de Operações, avisando que a cidade entrava em estado de atenção.

Enquanto os organizadores decidiam se o jogo continuava ou não, o público decidia se ficava na chuva, saia para as áreas de convivência ou arrumava um guarda-chuva.

Não foi possível acompanhar todas as partidas, mas assistimos a melhor delas, entre David Ferrer e Dominic Thiem. Que jogão. Aliás, assistir a partida em quadra é muito melhor do que pela televisão. A partida feminina emocionante foi entre a brasileira Paula Gonçalves e Johanna Larsson. Mesmo sem vencer, o público aplaudiu demais a jogadora. Seria tão bom que fosse sempre assim. (fotos Celso Pupo)

Compasso de Espera

A chuva vinha todo fim de tarde e mudava o ritmo de trabalho. Na sala de imprensa não havia outra opção a não ser esperar. Vale dizer a ótima estrutura para o trabalho. Material informativo, espaço, informações em tempo real e diferentes pelo Twitter oficial do torneio, internet e um espaço para lanche. A hora do trabalho acabar? Não antes da chuva passar. Vários dias, os jornalistas encerravam as matérias são pelas duas ou três da manhã.

Um segurança – o que não é muito comum – ficava atento a tudo. Alguns deles permaneciam em pé dentro da sala enquanto outros na porta, só autorizando a entrada de quem estava realmente credenciado. Sem jeitinho para resolver.

Os horários dos jogos não são complicados em outros torneios, mas o Rio Open 2016 fugiu a todas as regras e todas as previsões de horário. Foram longos dias de trabalho para jornalistas e fotógrafos.

Torneio Imprensa

Como nosso estilo é sempre contar outros ângulos das competições e não poderíamos deixar de falar sobre o Torneio entre os jornalistas que fazem a cobertura do Rio Open. A organização, em parceria com a ACERJ, reuniu mais de 50 profissionais que largaram os computadores e pegaram as raquetes e foram para as quadras, com direito a sorteio de duplas, cabeça de chave e uniformes.

Tivemos nosso representante. André Dissat jogou pelo Fim de Jogo. É ele quem entende e joga tênis. É um momento de confraternização com vários colegas em um ótimo clima de trabalho. Sair da teoria e ir para a prática é uma ótima forma de produzir outro tipo de reportagem. Melhor ainda quando você está no aquecimento e aparece Tsonga, o nono no ranking mundial, do lado para acompanhar. Aí não tem como não tietar. A manhã do domingo, último dia do torneio, e sem chuva.

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Post Author: Cristina Dissat