Maracanã 75 anos: Minha História Inesquecível

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O Maracanã é o meu lugar preferido na vida. Não importa quantos lugares eu conheça e quantas experiências eu viva, nada se compara ao que eu sinto ali dentro. Claro que isso existe, essa simbiose entre um coração pulsante e um de concreto, porque foi lá dentro que eu conheci o grande amor da minha vida. Já ri muito, chorei também, comemorei, vibrei e sempre com o Maracanã de cenário. (Foto: Celso Pupo – DC Press/Fim de Jogo)

É a casa do Flamengo. Onde todo Rubro-Negro sabe que faz parte de cada pilastra, cada curva, cada rampa. O nosso lugar. Lembro perfeitamente de subir essa mesma rampa chorando quando meu Maraca reabriu no pós fim do mundo. Meu lugar.

E cada ida ao Maracanã é especial, mas tem uma noite que foi diferente, foi mágica: 23 de outubro de 2019.

Flamengo x Grêmio. Semifinal da Libertadores. Um Maracanã lotado, pulsando, vibrando como poucas vezes eu tinha visto. Era impossível ficar parado… o estádio parecia respirar junto com a torcida. A cada lance, o coração acelerava. A cada gol, a emoção transbordava.

Comecei a chorar no segundo gol com a certeza de que o que eu estava vendo e sentindo era inédito. Quando saiu o quinto, eu parei por um segundo, como se estivesse assistindo tudo em câmera lenta. A perfeição do toque, a maestria da jogada pensada… nessa hora eu pensei: vencemos. Que orgulho, que imensidão, que delícia soltar o grito preso há tempos na garganta, que saiu rouco, histérico e escorreu pelos olhos.

Foram minutos que pareceram eternos… de alegria, de alívio, de pertencimento. Era como se todo mundo ali fosse uma só voz, um só coração.

O Maracanã me deu muitas emoções, mas aquela noite foi diferente. Foi histórica. E eu tive o privilégio de viver tudo aquilo, de corpo, alma e coração. Tinha que ser ali. Em casa.

Por Renata Rosa Graciano, jornalista e colunista do Blog Fim de Jogo

 

 

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Post Author: Renata Graciano