Zona Urbana no Entorno do Maracanã em Discussão

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Há muito tempo estamos sinalizando sobre os problemas que vêm crescendo no entorno do Maracanã, principalmente em relação à desordem urbana e falta de padrão de conduta no entorno.

Para quem mora no bairro, conviver com o Maracanã faz parte da rotina e a grande maioria sempre fez programações em relação a horário de entrar e sair de casa e, inclusive, marcar festas ou encontros familiares. Entretanto o volume de problemas vem aumentando de forma descontrolada, principalmente em relação ao número de ambulantes que estão ficando concentrados nas Ruas Conselheiro Olegário, Rua Arthur Menezes, Rua Isidro de Figueiredo, Rua Visconde de Itamaraty, Rua São Francisco Xavier, Rua Paula e Souza e Rua Luiz Gama.

Com a decisão de retirar parte desse fluxo de perto do Maracanã – Rua Eurico Rabelo – todo o movimento foi sendo empurrado para trás.

Nesta quarta-feira, representantes da Subprefeitura da Tijuca, Guarda Municipal, 6º Batalhão da Polícia Militar, Representante da Prefeitura do Rio, CetRio, Diretoria Nova Tijuca, Associação Empresarial e de Moradores Nova Tijuca  e quase 100 pessoas, estiveram reunidos para debater o problema e tentar encontrar soluções. Não se saiu com nenhum fato concreto, mas foi possível uma posição bem mais firme dos moradores, cobrando ações das autoridades.

O número de reclamações foi grande, mas é importante ressaltar a presença das autoridades para ouvir as colocações de quem tem vivenciado o problema. Como um dos moradores comentou: Temos cerca de três a quatro Rock in Rio por semana no entorno e é preciso pensar em soluções.

Listamos aqui algumas questões que, frequentemente, abordamos nas coberturas no Twitter do @fimdejogo e que foram faladas na reunião entre autoridades, moradores, comerciantes e Associação de Moradores.

  • Não há um padrão no controle. Antes do jogo acontecem repressões aos ambulantes e ao final da partida todos se concentram no calçadão no entorno do estádio.
  • Após detectar que vans estavam estacionando nos arredores, e se posicionando como uma espécie de depósito de distribuição de produtos, foram instaladas placas de proibição de veículos maiores e utilitários. Os “depósitos” passaram as ser feitos em carros comuns.
  • Flanelinhas espalhados nos arredores têm cobrado valores exorbitantes – e intimidam torcedores e moradores. Em jogos recentes, o valor chegou a R$ 100,00 para deixarem os carros estacionados.
  • Ambulantes estão amarrando cordas para exposição de seus produtos nas grades dos prédios, entradas de garagem etc.
  • Carrocinhas com gás, sistema de som etc parados nas frentes das garagens.
  • O número de garrafas, latas e objetos que podem ser usados em brigas de torcida ficam espalhados pelas ruas. A Comlurb faz a limpeza após o final da partida, mas muitas vezes isso acontece de madrugada.
  • Não existe uma rota de fuga no caso de necessidade de ambulância ou viatura do Corpo de Bombeiros.
  • Existem escolas no perímetro definido como de segurança no entorno do Maracanã e quando jogos acontecem às 19h, a passagem de crianças e os responsáveis fica comprometida.
  • Segundo observação dos moradores, com o fechamento das ruas, fica mais fácil o posicionamento dos ambulantes.
  • Ficou claro que todos sabem a necessidade de encontrar formas de se sustentar, por isso, reunir os ambulantes, com cadastro etc, como é feito no Carnaval e deixar um local para a concentração deles foram sugestões comentadas.

A situação chegou ao ponto crítico e uma grande mobilização de moradores iniciou um trabalho para que as autoridades realmente tomem medidas efetivas.

 

Seria uma escolta na frente da casa?

Entre os participantes também presente, um membro da equipe de planejamento do Maracanã. Optei por não colocar nomes de nenhum representante nesse encontro. Além de moradora do bairro há mais de 40 anos, também sou jornalista e monitoro o problema desde 2004.

 

 

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Post Author: Cristina Dissat