“E na barreira eu vou festejar.” Sim, o trecho de uma das músicas mais cantadas pelos vascaínos, fez todo sentido na tarde do último domingo (15/05). Foi dia de festa na barreira do Vasco e não seria mentira dizer que o torcedor fez toda a diferença. No balanço de sua apaixonada torcida, o Vasco conseguiu importante resultado jogando em São Januário.
Com a vitória por 1 x 0 diante do Bahia, que liderava o Campeonato até então, o Cruzmaltino retornou ao G4 da competição após 44 rodadas longe do tão sonhado grupo de acesso, contabilizando as duas últimas temporadas consecutivas na Série B (2021/2022).
Em uma tarde com atmosfera positiva, estádio lotado e todos os ingressos vendidos, o Vasco encontrou no apoio de seu torcedor, o alicerce que precisava para superar suas próprias deficiências. Com gol solitário de Figueiredo, aos 22 da etapa inicial, um golaço de falta, diga-se de passagem, o Vasco chegou aos 13 pontos e alcançou a 4ª posição na tabela. (Crédito das fotos: Flickr oficial do Vasco – Daniel Ramalho)
No embalo da paixão, mas com requintes de sofrimento
Até o último instante, o torcedor vascaíno não relaxou. “Porque sempre é tão difícil assim, meu Deus?”, dizia um exausto torcedor. Apesar dos cânticos e da bonita festa, a apreensão e a angústia estavam presentes nas arquibancadas.
Com as mesmas dificuldades das partidas anteriores, o Vasco só conseguiu diminuir o ímpeto baiano, após o gol. Mesmo assim, sofreu até o apito final para garantir o placar, apesar do adversário não ter criado tantas oportunidades claras de gol assim.
Mas deu tudo certo. No final, valeram os três pontos, o retorno ao G4 e, mais do que nunca, o apoio irrestrito do torcedor. O vascaíno emanou todo o seu sentimento, celebrando talvez mais do que a vitória, mas sua própria identidade, fazendo jus a outro trecho da canção entoada em verso e prosa nos arredores da colina que diz “Nunca vão entender esse amor.”
Público e Renda
Ao todo, São Januário recebeu 19.692 espectadores, sendo 19.272 pagantes. A renda foi de R$ 654.462,00.
Por Bruno Sadock – repórter do Fim de Jogo, integrante do projeto da DC Press / Fimdejogo e da Universidade Veiga de Almeida. Supervisão Cris Dissat. Revisão de texto Patrícia Bernardo.