Minha História Inesquecível no Maracanã: Fluminense 4 x 1 Flamengo

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Dia 9 de abril de 2023, a maioria das pessoas estavam comemorando a Páscoa nesta data. Bom, eu tinha outros planos para aquele domingo. Era dia de Maracanã. Dia de Fluminense x Flamengo. Dia de Fla-Flu. Segundo jogo da final do Carioca de 2023.  (Foto: Celso Pupo – DC Press/Fim de Jogo)

Uma semana antes, no dia 1 de abril, acompanhado da minha então namorada e sogra (essa flamenguista) da época, estávamos na leste superior vendo o Fluminense ser derrotado no primeiro jogo da decisão por dois a zero. Para melhorar a situação, sofrendo dois gols de crias de Xerém, Ayrton Lucas e Pedro, e com o Samuel Xavier sendo expulso com metade do segundo tempo.

No trem, voltando para casa depois do resultado adverso, eu só conseguia pensar em que cenário que o meu time conseguiria reverter um resultado de dois gols de desvantagem contra seu maior rival, ainda por cima em uma final.

Bom, voltamos para o dia 9. Para começar, não poderia ter margem para erro, nada de setor misto dessa vez. Jogo do Fluminense é no setor sul!

O dia estava frio. Lembro que coloquei um moletom e vesti a minha camisa grená da sorte por cima. A partida era só de noite, mas dessa vez haveria um pré com outros loucos, os quais eu chamo de amigos, que acreditavam na virada.

Após uma viagem de trem de Nova Iguaçu até o Maracanã, o destino era apenas um: Bar dos Esportes, em frente ao setor sul. Ainda não havia uma grande movimentação da torcida, mas foi aumentando durante o passar das horas.

O sol foi sumindo, dando lugar à noite. Batendo meia hora antes da bola rolar, encerramos os preparativos e entramos no estádio. A sul inferior era o local onde presenciaríamos um dos melhores jogos que ainda não sabíamos que o Fluminense iria nos proporcionar.

A bola rolou. Confesso que não recordo tanto desse começo de jogo. A primeira lembrança que me vem à mente é aquele chute que o Marcelo deu no outro lado do campo. De fora da área, colocado, golaço. O setor sul sendo engolido por gritos de comemoração, pó de arroz voando por todos os lados, eu abraçando desconhecidos que estavam tendo naquele momento o mesmo sentimento que o meu: o de esperança.

Em menos de cinco minutos, a esperança deu lugar à realidade. Germán Cano recebeu livre na entrada da área, marcou o segundo gol na partida e empatou a disputa no agregado. Tudo igual agora, dois a dois. Aí então, não se ouvia no Maracanã outra que não fosse a torcida do Fluminense cantando. O nosso pensamento não era de se daria para ampliar o placar, e sim de quando sairia o próximo gol, porque só se via um time dentro de campo.

Bem, o próximo gol demorou um pouco, mas nem tanto. Foi preciso esperar passar o intervalo e mais uns dez minutinhos para ver o Fluminense marcar novamente. A segunda vez de Cano. Logo na minha frente, na pequena área, vi o lance que originou o pênalti, um toque de mão na bola do jogador do Flamengo. O VAR chamou o árbitro, que foi olhar no monitor. O grito que a torcida deu quando ele apontou para a marca da cal foi como se tivesse saído o terceiro gol. Todos em êxtase.

Acredito que não só eu, como todos os tricolores, ficamos apreensivos quando Cano foi para a cobrança da penalidade. Até o próprio camisa 14 sabe que ele não era um primor quando se fala em converter pênaltis. Mas nada podia dar errado naquele domingo. Cano bateu e Santos defendeu. No rebote, ele chegou na bola antes que o goleiro e mandou pro fundo do gol. 3 a 0. Toda a torcida do Fluminense fazendo o L nas arquibancadas, em homenagem ao artilheiro.

Alegria dos tricolores cantando enquanto os flamenguistas ficavam em silêncio profundo, era como música para os meus ouvidos. O gol de Alexsander minutos depois foi a cereja do bolo da goleada que ficaria eternizada na história do confronto.

O Flamengo conseguiu seu gol de honra no estouro dos acréscimos, porém ninguém estava mais ligando nessa hora. Nada poderia estragar aquele momento tão especial para os tricolores espalhados em toda terra, principalmente para os que acompanharam tudo de perto, de dentro do Maracanã.

Por Oliver Moraes – repórter do Fim de Jogo, integrante do projeto da DC Press / Fimdejogo e da Universidade Veiga de Almeida. Supervisão Cris Dissat e Daniela Oliveira.

 

 

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Post Author: Equipe Fimdejogo