Quando o jogo entre Flamengo e Fortaleza acabou, a equipe de trabalho do Maracanã aguardou só alguns minutos para começar a pedir que os jornalistas deixassem o estádio.
Um pouco antes começava uma demarcação no gramado, que indicava que algum processo começaria. Isso porque a partir desta quinta-feira o estádio fica entregue à Conmebol que vai preparar o Maracanã para a final da Copa América.
Reclamação
Muito se tem falado sobre o estado do gramado do Maracanã – assim como o do Nilton Santos.
Já fotografamos várias vezes o uso de alguns equipamentos para cuidar do gramado. Então onde está o problema? Não tem solução?
Qual a solução?
Nesta manhã, o Maracanã enviou um comunicado sobre a decisão, porém vale pensar que nos últimos dois anos, pelo menos, o número de partidas tem sido grande, então esse não seria o motivo principal, como diz a nota.
Lembrando que em 2020, foram cerca de três meses sem competição. Será que as soluções não são as melhores?
Outras dúvidas surgem porque além do gramado, começam a aparecer ajustes de manutenção necessários, que vão desde a falta de cadeiras na tribuna, bilheterias que perderam a marcação dos guinchos etc. Coisas que demandam um tempo e gastos. Será que enquanto a questão da concessão não ser decidida, o melhor é ir levando? Esses valores com ajustes de manutenção podem crescer e se transformarem em grandes gastos?
Vamos continuar tentando encontrar as respostas.
Comunicado do Maracanã
*Maracanã inicia intervenção no gramado*
Teve início na noite da última quarta-feira, dia 23, logo após a partida Flamengo 2 x 1 Fortaleza, a substituição parcial do gramado desgastado do Maracanã por um novo, que agrega boa densidade no consórcio formado pela Ryegrass (grama de inverno) e a Bermuda Celebration.
Esse processo vai durar 17 dias e, durante este período, nenhuma nova partida acontecerá no estádio. Novamente a gestão do Maracanã está tendo que lidar com o desgaste excessivo do gramado. Esse é o preço do sucesso e do bom desempenho de Flamengo e Fluminense nas três competições que disputam, simultaneamente, neste momento: Copa do Brasil, Copa Liberadores e Campeonato Brasileiro.
Só nos últimos oito dias, quatro partidas foram realizadas no estádio, sendo duas sob chuva muito intensa. O excesso de jogos é um problema que afeta qualquer campo no mundo inteiro. Ainda não há uma invenção natural nem tecnológica para evitar tamanho desgaste se não há tempo para recuperação. Trocas do gramado já são rotineiras e previstas no Maracanã, porém, a adequação ao calendário é que o vai determinar o cronograma final.
A queda da temperatura, típica da estação do inverno, a drástica redução da incidência da luz solar (cerca de 50% em relação ao verão) e a frequência de chuva são as questões naturais que prejudicam a qualidade do gramado. Somado a isso vem o aumento significativo da quantidade de jogos e, consequente, a redução do intervalo entre as partidas. Manter a qualidade do gramado, atuando constantemente na preservação do campo, dentro dos limites que a natureza permite, continua sendo a prioridade número um desta gestão do Maracanã.
*Comunicação Maracanã*