Um grande número de veículos publicaram nas manchetes a derrota de João Fonseca, com títulos de “perdeu”, “caiu” etc, mas a nossa visão é outra, assim como de muita gente, que sabe como foi a pressão em cima de um garoto de 18 anos, e que deu passos importantíssimos nos últimos dias. Sem falar no cansaço de dois torneios.
A vitória de João Fonseca foi mais do que vencer o Torneio de Buenos Aires. Ele furou a bolha do tênis, fazendo muita gente parar até em bares antes de jogo de futebol para acompanhar a final. Esse foi o melhor ponto de João marcou. Abriu o debate e chamou a atenção para o esporte.
Nomes famosos estiveram na quadra do Rio Open e até o Cristo Redentor foi iluminado para homenagear.
Era muita pressão. Jogando na Quadra Guga Kuerten lotada, com um apoio absurdo de todos, mas em vários esportes, quando não joga bem não ganha. Bem diferente do futebol. Ele sabe disso e também tem noção que é só o começo, e um começo muito cedo.
Fernando Meligeni, ex-tenista profissional e atual comentarista do esporte, consegue olhar à distância e escreveu. “Há dois dias, tivemos um banho de alegria e até beiramos o ufanismo. Sentimentos mais que merecidos e compreensíveis. Estamos frente a frente com um fenômeno. Quando pedimos calma, alguns desavisados ficam bravos. Furar a bolha tenística traz dois mundos que se conectam nas vitórias, mas se distanciam nas derrotas.”
Calma João, é só o começo.