Quando falamos em Olimpíadas, quais são os primeiros símbolos que vem à cabeça? Com certeza a tocha olímpica é rapidamente lembrada, mas você sabe quais são as curiosidades sobre a tocha? Sabe a diferença entre a Pira Olímpica e a Tocha Olímpica? Como é o revezamento? Como ela se mantém acesa?
A tocha olímpica é uma tradição de longa data, que vem desde a época dos jogos na Grécia Antiga. Por isso, ainda nos dias de hoje ela é acendida no templo de Hera, localizado na Grécia. Só depois dessa cerimônia, ela estará “liberada” para começar o revezamento que termina na cidade sede dos jogos, esse ano em Paris. (Crédito das fotos: Comitê Olímpico Internacional – IOC/Greg Martin)
Como a Tocha Olímpica É Acessa?
Ainda na Grécia, é feita uma cerimônia bem tradicional dos jogos. Onze mulheres, vestidas com túnicas brancas, simbolizando as sacerdotisas gregas, acendem a tocha por meio de um instrumento chamado Skaphia. Ele é um espelho côncavo que contém grama seca no seu interior.
Com a temperatura elevada pelos raios solares se faz o fogo olímpico, que em seguida é passado para a tocha e então o revezamento pode começar.
E se a Tocha Apagar?
Claro que ninguém quer ver a tocha apagar durante a caminhada do revezamento. Pensando nisso, ela está sempre sendo aprimorada tecnologicamente. Para a edição de 2024, em Paris, construíram um sistema de autonomia, onde é possível que a tocha permaneça acesa por 15 horas.
Isso é possível graças à combustão a gás e com os quatro lampiões que estão na tocha. Quando o gás de um dos lampiões acaba, ela automaticamente migra para o lampião seguinte e a chama se mantém acesa. Esse mecanismo de quatro lampiões garante uma autonomia de 15 horas para a tocha olímpica.
O mais impressionante, além das 15 horas de autonomia, é que esse sistema permite que a tocha passe acesa por debaixo da água. isso mesmo que você leu, a tocha olímpica é capaz de permanecer acesa até debaixo da água.
Como Funciona o Revezamento da Tocha?
A Tocha Olímpica passa por diversas cidades ao redor do mundo nesse passeio que ela faz e carregada por diversas personalidades, inclusive de fora do esporte.
Para o revezamento de Paris 2024, tivemos participações bem diversas como o ex-jogador Raí, o cantor e compositor do BTS Jin, o treinador da seleção francesa Didier Deschamps, a drag queen francesa Minima Gesté e Julienne Soury, que é uma senhora de 107 anos que também esteve presente nos jogos de 1924.
A diversificação é tão grande que, antes da cerimônia de abertura, o rapper Snoop Dogg também irá carregar a Tocha Olímpica.
Do que É Feita a Tocha?
Por muitos anos a tocha foi feita de aço. Isso não ajudava, já que além de muito pesada, ela ainda esquentava bastante por conta do aço ser um grande condutor de calor.
Com o avanço da tecnologia e também do design isso foi modificado. Hoje em dia, a tocha é de alumínio, o que faz ela ser muito mais leve e prática.
Especialmente nessa edição de Paris, foi usado aço reciclável, que ainda sim é bem mais leve que o aço comum.
Design da Tocha
Criada por Mathieu Lehanneur, o design dessa tocha se divide em três partes: igualdade, água e paz. Juntos eles simbolizam a cidade – sede dos jogos.
O pilar dos jogos é a igualdade, portanto, é a parte mais importante da tocha. Logo em seguida vem as águas, que são representadas pelas curvas e efeitos de vibração que simbolizam o Rio Sena. Por fim vem a paz, que é representada pelas curvas e linhas mais arredondadas.
Tocha, Pira Olímpica e Chama Olímpica
Para explicar a diferença entre elas, preferimos manter a ordem dos acontecimentos. O início de tudo é na Chama Olímpica, que é acesa na Skaphia, lá no templo de Hera, na Grécia.
A Tocha Olímpica é talvez a mais popular. Ela é acesa logo depois da Chama Olímpica e sai para o revezamento, até chegar na cidade sede dos jogos. Quando a tocha chega no local dos jogos, ela é levada até a Pira Olímpica, que é acesa na cerimônia de abertura dos jogos.
Por Antonio Brenna – repórter do Fim de Jogo, integrante do projeto da DC Press / Fimdejogo e da Universidade Veiga de Almeida. Supervisão Cris Dissat e Daniela Oliveira. Revisão de texto Patrícia Bernardo.
