A Copa do Mundo Feminina de Futebol começou hoje, na Austrália e Nova Zelândia e conhecer melhor nossas 23 jogadoras, que defenderão a amarelinha em busca do primeiro título Mundial Feminino, é participar de alguma forma desse torneio. Hora de cada um fazer a sua parte para evolução do futebol feminino. Como a rainha Marta disse certa vez: Não haverá Marta pra sempre.
Goleiras:
Bárbara (Flamengo): Com quase 20 anos de seleção brasileira, e 22 anos de carreira, a goleira com mais Copas do Mundo pelo Brasil, depois de 10 meses sem pisar nos gramados, vai jogar sua quinta e última Copa do Mundo.
Camila (Santos): Começou jogando como zagueira no seu bairro, e por falta de goleiras na escola ela foi para o gol e não saiu mais. Com 18 anos teve sua primeira oportunidade e saiu do Maranhão em busca do seu sonho, e é sua primeira convocação para a seleção.
Letícia Izidoro (Corinthians): Saiu de casa bem cedo, com uma meta definida. Vai jogar sua terceira Copa do Mundo, a primeira como titular. Descobriu seu amor pelo futebol nos jogos escolares, quando era atacante e foi para o gol por falta de goleira, e, como Camila, de lá não saiu mais.
Defensoras:
Antonia (Levante): Apaixonada pelo futebol, foi apresentada ao esporte através de seu pai, que foi treinador. Realizou seu sonho e vai em busca da primeira conquista da Copa do Mundo feminina.
Bruninha (Gotham FC): Com o apoio da família que abraçou seu sonho, jogava na rua entre os meninos e se destacou bastante. Treinou bastante tempo em um time masculino, sem poder jogar as competições, não se abalou e vai jogar o seu primeiro Mundial Feminino.
Kathellen (Real Madrid): Sua mãe era goleira e jogavam juntas, e foi assim que a paixão pelo futebol surgiu. Com dificuldades no Brasil, foi para o exterior e superou todas as dificuldades.
Lauren (Madrid CFF): Teve o apoio incondicional da família. Começou jogando nas ruas, se desenvolveu e foi para uma escolinha que a direcionou a um time feminino. A realização do sonho veio de forma natural. Agora, ganha a primeira chance de disputar uma Copa do Mundo.
Mônica (Madrid CFF): Seu amor pelo futebol começou na copa de 94, onde se interessou pelo esporte e viu que não só era seu sonho como tinha potencial. Considerada uma surpresa na convocação, leva sua experiência para ajudar a Seleção na Copa do Mundo.
Rafaelle (Orlando Pride): “O futebol me escolheu”. Como brasileira acredita que já nasceu com o DNA do futebol e sempre foi apaixonada pelo esporte, as amigas duvidaram dela, mas com o apoio da família vai comandar a zaga brasileira na Copa do Mundo.
Tamires (Corinthians): Saiu muito nova de casa e é, hoje, uma das líderes da Seleção. Leva sua experiência de duas Copas do Mundo e disputará sua terceira em busca do primeiro título mundial da amarelinha.
Meio-Campistas:
Adriana (Orlando Pride) – Resiliência é a palavra. Depois de ficar fora de duas Copas e uma Olimpíada por conta de lesões no joelho, a meia de 26 anos se sente pronta para disputar o seu primeiro Mundial. Pela Amarelinha conquistou a Copa América e se tornou artilheira e campeã de competições como Libertadores e Brasileirão pelo Corinthians, recentemente se mudou e foi parar no Orlando Pride dos Estados Unidos onde se tornou companheira da rainha Marta.
Ana Vitória (PSG) – A reação de quando viu seu nome na lista de convocadas para defender seu primeiro Mundial foi de emocionar. Com o apoio da família, o sentimento que fica é de realização. Uma das maiores jogadoras do Benfica de Portugal, Ana Vitória se destacou e fez história por lá e se tornou a maior brasileira com mais jogos, gols e títulos com a camisa.
Angelina (OL Reign) – Descrita como reservada e tímida por ela mesma, dentro de campo mostra a grande força e potencial que tem com apenas 23 anos. Mesmo jovem, é considerado um dos nomes mais importantes da atual geração. Angelina viveu um momento bem triste quando, há um ano, sofreu uma lesão do ligamento cruzado anterior. Foram 10 meses de recuperação até a volta aos gramados. Apenas na lista como suplente, Angelina conseguiu uma oportunidade para defender a amarelinha no Mundial, após o corte da atacante Nycole.
Ary Borges (Racing Louisville) – Com apenas 23 anos, a meia-campista já carrega grandes conquistas nas costas. Pela Seleção sub-20, em 2018, conseguiu seu primeiro título, o Sul-Americano da categoria. Sua mais recente conquista foi a Libertadores pelo seu ex-clube, o Palmeiras. Hoje ela joga pelo Racing Louisville, dos Estados Unidos. Titular de confiança de Pia, Ary Borges vive um grande momento em sua carreira e tem tudo para evoluir ainda mais.
Duda Sampaio (Corinthians) – Uma jogadora promissora do nosso presente e futuro do país, Duda Sampaio tem apenas 22 anos e já mostra muito talento. Com 19 anos conseguiu sua primeira convocação pela amarelinha e no último ano, já estava conquistando a Copa América pela Seleção principal. Levado apenas como diversão na infância, o sonho realizado só foi visto quando realmente entrou na carreira e hoje se torna uma grande promessa pro futebol feminino.
Luana (Corinthians) – “O futebol me escolheu” palavras ditas por Luana, meia de 30 anos da Seleção. Seu pai, seu maior incentivador, foi uma grande figura em sua carreira, a levando para todos os lugares, sempre a apoiando nas escolhas. Luana atua também como volante e é provável que faça essa posição nos esquemas táticos da Pia. Campeã do primeiro Brasileirão Feminino da história, chegou à Seleção Principal aos 20 anos e hoje se encaminha para sua segunda Copa do Mundo com um misto de sentimentos, a vontade de ver o futebol feminino onde ele deve estar e conquistar a primeira estrela.
Kerolin (NC Courage) – Meia-Campista da Seleção, Kerolin está indo para a sua primeira Copa do Mundo, aos 23 anos. Ela quase deixou precisou desistir de seguir carreira por uma doença rara chamada osteomielite, teve parte de seu osso da perna retirado e a recomendação de não jogar esportes de contato, mas superou o problema. Em ascensão nos clubes e na pré-lista da Copa, Kerolin, em 2019, foi pega no antidoping e ficou suspensa durante dois anos. A técnica Pia acreditou no potencial e, em 2021, retornou a Seleção, que logo mais tarde se transformaria em um nome de peso e confiança hoje em sua lista.
Atacantes:
Andressa Alves (Houston Dash) – 30 anos, atacante (ponta esquerda), a jogadora tem mais de 100 convocação para a seleção. Soma 24 gols marcados com a camisa brasileira. Tem dois títulos da Copa América e uma medalha no Pan-Americano. É um dos principais nomes junto com a Marta.
Bia Zaneratto (Palmeiras) – 29 anos, tem mais de 100 jogos pela seleção brasileira. Essa será a sua quarta participação em Copa. Jogou em 2011, 2015 e 2019.
Debinha (Kansas City, EUA) – Com 31 anos, a jogadora fará sua segunda copa do mundo. Foi camisa 9 no Pan-americano (2011) e Olimpíadas 2016 e 2020. Jogou o mundial de 2019 na França.
Gabi Nunes (Levante, Espanha) – 26 anos, vem de uma sequência de lesões no joelho, que a tirou da Copa-América de 2022. Agora vai realizar o sonho de disputar a Copa do Mundo.
Geyse (Barcelona, Espanha) – 25 anos, foi destaque pelo título da Champions League. Foi campeã do campeonato espanhol, Supercopa da Espanha e Copa América. Vem ganhando destaque com a sua evolução na seleção, e disputará a sua segunda Copa do Mundo.
Marta (Orlando Pride, EUA) – Veterana na seleção, aos 37 anos, a camisa 10 vai disputar sua sexta e última Copa do Mundo. A maior artilheira das Copas com 17 gols, 6 vezes a melhor jogadora do mundo. Tem agora a chance de ser campeã com a seleção brasileira.
Nycole Raysla – Benfica (Portugal) – Cortada, por lesão.
- Apuração e Reportagem de Yasmin Queiroz, Dereck Xavier e Anna Lemos – integrantes do Projeto Educacional do FimdeJogo/DC Press e a Universidade Veiga de Almeida. Edição Cris Dissat. Supervisão Daniela Oliveira.