Jogos acontecendo na reta final da Taça Rio, amistoso da seleção, notícias na área politica invadindo a timeline das redes sociais. Mas e o Maracanã?
Pelo que andamos observando, anotando, apurando em diversas fontes está claro que ainda há muita decisão que deve ser tomada nos próximos dias e pelos dois lados – Maracanã e Governo. Depois da manifestação enviada à imprensa, no mesmo dia que o Governador Wilson Witzel comunicou o cancelamento da concessão, muitas reuniões estão acontecendo no Maracanã. Enquanto isso a rotina continua, como aconteceu nesse sábado com a visita de representantes do Consulado Francês ao estádio, com direito a entrada pela ar – com visitantes de helicóptero entrando (informado pela nossa redes de vizinhos-amigo-família que moram no entorno do Maracanã).
Muitas medidas estão sendo estudadas e várias em silêncio. Será que alguma liminar? Será que a saída será sem conflito? Como os clubes estarão envolvidos? Estamos atrás das respostas.
Prazo: 19 de Abril
Isso precisa ser resolvido porque no dia 19 de abril a Comissão Interventora, que tem uma mulher à frente (Ana Beatriz Leal), vai entrar para trabalhar no Maracanã, segundo previsão. Por enquanto, o que olhamos e vamos conferir neste domingo de Fla Flu é que – por obrigação contratual – a concessionária precisa continuar cuidando da manutenção do Maracanã e do Maracanãzinho. No monitoramento que fazemos do estádio, ainda não vimos alteração nessa rotina, mas é hora de redobrar a atenção.
Só que nossa curiosidade também quer saber sobre o Tour do Maracanã, que recebe cerca de mil visitantes por dia. Pelo que apuramos, ele continua funcionando normalmente até o dia 19 de abril e depois desta data, é a Comissão que irá responder por ele.
A concessionária, atualmente, já que estivemos por lá algumas vezes, está ocupando uma sala no térreo do estádio e outra próxima ao local onde acontece o Tour. Diferente do que acompanhamos, logo após a Copa do Mundo, onde as equipes ocupavam um andar inteiro em outro setor do estádio.
A Comissão Interventora
Essa comissão foi formada para apresentar um estudo preliminar – em um prazo de 30 dias (até 19 de abril) – com o detalhamento com os serviços mínimos necessários e o modelo jurídico a ser adotado na administração do Maracanã. Depois desse prazo, vem outro. Serão 180 dias para a finalização do projeto. Só depois disso é que um novo formato será resolvido. Ou seja, a Copa América já terá acabado.
Resumindo e só temos mais dúvidas. O que vai acontecer entre 19 de abril e 19 de setembro, onde teremos uma competição internacional e o início do Brasileirão 2019? Sem falar no empasse das finais da Taça Rio, entre FERJ (comunicado a seguir) e o Maracanã. Como serão montados os esquemas para o trabalho da imprensa e a recepção dos torcedores para os jogos da Copa Améria? O Governo ou a Concessionária passarão a logística atual para a Conmebol? Lembramos que é importante ter equipes que conheçam as rotinas do Maracanã para que a Copa América não se transforme em um grande problema para todo mundo.
Atualmente já temos problemas com a Taça Rio, onde o Maracanã diz que não pode realizar os dois jogos das seminifinais da Taça Rio e a FERJ diz que o compromisso já havia sido acordado.
Se a confusão já acontece
“A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro estranha e duvida que a Greenleaf tenha participação nesse tal impedimento de uma semifinal da Taça Rio ser realizada no Maracanã, três dias depois da decisão do Governo do Estado (quanto à concessão).
Composta pelo diretor de competições da FERJ, Marcelo Vianna, engenheiro e uma empresa especializada em agronomia, a comissão de vistoria não constatou precariedade no Maracanã para impedir uma semifinal da Taça Rio no estádio, patrimônio da cidade e de propriedade do torcedor.
A Ferj manterá as partidas marcadas para o Maracanã e entende que algo diferente do acordado anteriormente se configurará em mais um desserviço do Consórcio Maracanã para com o futebol carioca. Por fim, vale ressaltar que o gestor do Consórcio enfatizou no dia do arbitral do Campeonato Carioca, na sede da Ferj, diante dos clubes, que o Maracanã era a casa do Carioca, reagindo à possibilidade de jogos decisivos serem realizados no Estádio Nilton Santos, Raulino de Oliveira e São Januário”.
Para quem acha que vai ser simples, lamentamos dizer que não será e – mais uma vez – será o torcedor e o futebol carioca que passarão por problemas.
Alguma coisa realmente precisava ser feita. Agora é aguardar mais cenas dos próximos capítulos.