Tudo igual no clássico dos milhões. Placar justo pelas oportunidades aproveitadas no jogo? Flamengo dominou? Vasco não desperdiçou chances importantes? O que parece é que as opiniões sobre esse Flamengo e Vasco se misturaram e com opiniões diferentes. A única certeza é que quem mais se deu bem foi a trave, porque foram três ao todo em chutes fortes, sendo dois do Flamengo e um do Vasco. No primeiro tempo foram mais tentativas do que acertos, no segundo tempo, houve uma melhora das equipes, em especial na organização.
O gol Flamengo veio em uma boa jogada do Gerson, que já havia fazendo uma ótima partida. Comemorou muito. A partida parecia controlada, mas o Vasco aproveitou a oportunidade e foi buscar o empate. E aos 41 minutos, Coutinho marcou após um cruzamento da direita. Primeiro gol do meia nesse retorno ao time. Os dois times tiveram estreias significativas para os dois lados.
O primeiro tempo de Flamengo e Vasco teve altos e baixos, com momentos de boas jogadas e outras nem tanto. Pareciam que estavam se estudando o tempo todo. Pelo lado do rubro-negro, a Torcida queria mais chutes e menos jogada bonita. Em uma das oportunidades Arrascaeta ficou cara a cara com o goleiro Léo Jardim, sambou de um lado para o outro e não chutou. Tocou pra trás e em seguida a defesa cruzmaltina afastou o perigo. Pelo lado do Vasco, a melhor chance foi do David que também ficou de frente para o goleiro. Mas o camisa 7 finalizou no travessão e o bandeirinha marcou impedimento do ponta.
Público e renda
Apesar dos problemas com a venda de ingressos no meio de semana, o Maracanã estava lotado no clássico. No total tivemos um ótimo público, com 63.830 presentes, 59.463 pagantes e a renda total foi R$ 3.901.630,00.
Atmosfera nas Arquibancadas
Nos últimos tempos o Rio tem se destacado no cenário nacional por conta dos clássicos com torcida mista e Maracanã meio a meio. O que proporciona um cenário de festa e disputa na arquibancada apenas no grito. Hoje não foi diferente. Ora a torcida do Flamengo cantava mais alto, Ora a torcida do Vasco respondia no mesmo volume.
No primeiro tempo, por conta das poucas chances claras de ambas as equipes, o nervosismo das torcidas ficou mais evidente, mas ainda sim não faltaram os cânticos por parte delas. No segundo tempo, após os gols do Flamengo e do Vasco, as torcidas, cada uma em seu momento, fizeram uma grande festa no Maracanã.
Arredores do Maracanã
Depois do calor no Rio de Janeiro nos últimos dias, a temperatura deu uma aliviada neste domingo de clássico. Bom para os torcedores, jogadores e claro, para equipe do Fim de jogo. As torcidas chegaram ao Maracanã com certa antecedência e não foi observado nenhum tipo de problema entre elas nos arredores. Tudo ocorreu de maneira amistosa. O intenso policiamento e os bloqueios nos arredores, contribuiu para essa tranquilidade. Camisas de Flamengo x Vasco andaram juntas nos setores mistos, com resenhas, conversas e clima como deve ser.
Durante a semana houve uma instabilidade no sistema de cadastramento facial, o que dificultou na comercialização de ingressos, em especial para a torcida do Vasco. Obrigando a diretoria ampliar o número de pontos de venda de ingressos desde a tarde da última sexta (13). Nas bilheterias, a movimentação não era grande.
A número 1 ficou exclusiva para a Torcida do Flamengo e a 2 para a Torcida do Vasco. Na do Rubro-negro chegou a ter ingressos para o Setor Oeste mas logo acabou, sobrando apenas o Maracanã+. E na do Cruzmaltino tinha apenas para os Setores Oeste e Sul. O que não conseguimos entender é que se tem setor misto, teoricamente teria que ter o mesmo ingresso nas duas bilheterias. Até perguntamos, mas ainda não conseguimos uma resposta satisfatória, mas vamos conseguir.
Conscientização no Maracanã
Antes do início da partida, faixas com os dizeres “Antes que aconteça” e “Feminicídio zero” marcaram presença no gramado. Em uma campanha em combate à violência contra a mulher.
Participaram da cobertura – Cris Dissat (editora), João Pedro Faria (repórter – Projeto Educacional do FimdeJogo com a Universidade Veiga de Almeida) e Celso Pupo (fotógrafo.