O Brasil chegou à final olímpica depois de 16 anos e merecia uma sorte melhor na decisão do futebol feminino nas Olimpíadas de Paris 2024. Mas, mais uma vez, o sonho do ouro olímpico parou nos Estados Unidos, que venceu por 1 a 0. Paramos nas norte-americanas pela terceira vez nos Jogos Olímpicos. (Fotos: Alexandre Loureiro/COB e Luiza Moraes/COB)
Não que a prata conquistada neste sábado, 10 de agosto, no Parc des Princes, não seja digna de ser comemorada. Pelo contrário. Precisa ser comemorada e muito.
A Seleção Feminina de Futebol chegou na França desacreditada e termina a competição como a segunda melhor seleção olímpica. Ou seja, é uma medalha especial. Mas, pelo que o Brasil foi nas Quartas e na Semifinal, fica a sensação de que dava para o ouro.
O Jogo
Quem esperava um predomínio das americanas, um das seleções de mais destaque no futebol feminino, viu um Brasil muito bem no primeiro tempo.
Bem no ataque e na defesa, a Seleção Brasileira deu trabalho para os Estados Unidos. Foi superior nos primeiros 45 minutos e tomou as rédeas da partida. Só faltou o gol para premiar a boa atuação. Até marcou, mas o gol de Ludmila foi anulado.
Mas, são as norte-americanas. Portanto, seguir bem na partida era fundamental. Só que o Brasil não voltou bem do intervalo e logo no início da etapa final, Mallory Swanson fez o gol da vitória dos Estados Unidos.
Mesmo com 10 minutos de acréscimos, o Brasil tentou, mas não foi eficiente para levar a partida para a prorrogação.
O jogo ainda foi marcado por algumas polêmicas. As brasileiras reclamaram bastante do gol das americanas e pediram impedimento. O gol foi checado, como todo gol, mas o lance não apareceu no telão.
Outra reclamação do Brasil foi um pênalti a favor das brasileiras quando a partida ainda estava empatada em 0 a 0. O lance também foi checado pelo VAR.
A Trajetória do Brasil nas Olimpíadas
Mesmo passando por um processo de renovação e com um treinador que assumiu a Seleção há praticamente um ano, o Brasil cresceu no momento certo da competição.
A fase inicial não foi a das mais animadoras e a equipe de Arthur Elias se classificou apenas como uma das terceiras melhores colocadas. Só que na fase decisiva, o Brasil foi competitivo como o torcedor esperava dele.
Contra a França, nas Quartas de Final, e contra a Espanha, na Semifinal, a Seleção se superou. Fez contra as espanholas uma das suas melhores apresentações e goleou uma das candidatas à disputa do ouro.
Despedida da Marta
Os Jogos Olímpicos pode ter sido a última oportunidade de ver Marta com a camisa da Seleção Brasileira. A probabilidade é que essa tenha sido a última competição que a rainha disputou pelo Brasil.
A jogadora começou bem o torneio, mas acabou sendo expulsa contra a Espanha ainda na fase classificatória. Ela ficou de fora dos dois principais jogos do Brasil, contra França e Espanha. Voltou na final, mas começou no banco de reservas.
Marta deixa um legado incrível na Seleção Brasileira. Uma inspiração para as atletas que estão chegando e para muitas meninas que sonham em jogar futebol.
A rainha vai fazer falta. Torcemos para que ela adie um pouquinho a aposentadoria e nos honre com o seu futebol na Copa do Mundo Feminina, em 2027, no Brasil.
