Judô Brasileiro Histórico nas Olimpíadas de Paris

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O judô brasileiro foi histórico nas Olimpíadas de Paris. Depois do ouro com Bia Souza, a prata com Willian Lima e o bronze com Larissa Pimenta, chegou a mais um feito nesses Jogos Olímpicos: a medalha de bronze por equipe em cima da Itália. E não foi um bronze qualquer. Foi uma medalha inédita para a equipe brasileira de judô, que agora soma 28 medalhas em Olimpíadas. (Fotos: Miriam Jeske/COB)

Se nós já tínhamos nos emocionado com as vitórias individuais, essa conquista teve um gostinho ainda mais especial. E não só por ter sido a primeira medalha por equipes, mas pela forma como ela veio.

A Volta por Cima de Rafaela Silva

A vitória foi emocionante e a luta extra não poderia ter sido disputada por outra pessoa. Coube a Rafaela Silva, que acabou não indo à Tóquio por conta de uma suspensão por doping, decidir para o Brasil.

Rafaela, que sempre chega como uma grande esperança de medalhas para o Brasil, havia ficado desolada por ter sido eliminada na competição individual. Ela chegou à semifinal, mas não conseguiu sua medalha.

No momento em que a roleta parou no nome dela para a luta extra, foi nítida a comemoração da atleta. Ela queria isso. Ela precisava disso e dessa medalha. E Rafa fez bonito garantindo a medalha inédita para a equipe de judô.

O Caminho Até o Bronze

Para chegar a disputa pelo bronze, a equipe brasileira teve pela frente o Cazaquistão (Oitavas de Final), a Alemanha (Quartas de Final) e a Sérvia (repescagem). Os duelos foram duros com o Brasil ganhando dois confrontos e perdendo um.

Contra os cazaques, lutaram Rafaela Silva, Ketleyn Quadros, Bia Souza e Leonardo Gonçalves, que venceram suas lutas, e Daniel Cargnin, que acabou perdendo. Resultado: Brasil 4 a 2.

Já contra a Alemanha, o duelo foi ainda mais duro e teve que ser decidido na luta extra. Os alemães abriram 2 a 0, o Brasil se recuperou e levou para o empate. Na luta extra, Leonardo Gonçalves acabou sendo derrotado e os alemães venceram a disputa por 4 a 3. Participaram das lutas além de Leonardo, Rafaela, Bia, Daniel, Ketleyn e Rafael Macedo.

Com a derrota para a Alemanha, o Brasil teve que fazer a repescagem contra a Sérvia e passou com mais tranquilidade com um 4 a 1. Garantiram o Brasil na luta pelo bronze, Ketleyn, Rafael Macedo, Rafael Silva, Bia e Rafaela.

O Bronze

Foram escalados para a disputa com os italianos Bia Souza, Ketleyn Quadros, Leonardo Gonçalves, Rafaela Silva, Rafael Macedo e Willian Lima.

O Brasil começou bem a disputa e abriu 2 a 0. Mas os italianos se recuperaram e levaram para a luta extra: Rafaela x Veronica Toniolo.

Era nítida a vontade de Rafaela. Ela não deu chances para a italiana e logo nos primeiros minutos encaixou um waza-ari certeiro. Ao levantar, ela sabia que tinha feito história, mesmo com uma pequena angústia de ter que esperar um pouquinho até a confirmação do juiz.

Quando o árbitro apontou para ela, confirmando o bronze do Brasil, a atleta caiu de joelhos no chão: medalha inédita e redenção de uma atleta que merece muito.

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Post Author: Patricia Bernardo