Brasil e a Inédita Medalha de Bronze na Ginástica Artística

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Terça-feira, 31 de julho, um dia para ficar na história da ginástica brasileira. O Brasil, pela primeira vez, sobe no pódio olímpico na ginástica artística de equipes.

Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Júlia Soares e Lorrane Oliveira conquistaram a medalha de bronze depois de muita superação e uma disputa acirrada em cada nota.

O time do Brasil era, sem dúvida, um dos favoritos a brigar por medalha por conta dos grandes resultados em torneios mundiais, mas sabia que não seria fácil passar por equipes como Estados Unidos, Itália, Grã-Bretanha e China. Por isso, cada nota era essencial e precisava ser perfeita.

O caminho do Brasil era começar pelas barras assimétricas, depois ir para a trave, solo e finalizar com o salto. As brasileiras sabiam que seus pontos fortes estavam no solo e no salto, por isso, fazer um bom resultado nos primeiros aparelhos era muito importante. Lembrando que a nota das equipes era o somatório das três apresentações de cada um dos quatro aparelhos.

Superação e Emoção

Antes da primeira prova, Flávia Saraiva caiu no aquecimento, recebendo atendimento  rapidamente. Teve um corte no supercílio e precisou colocar um curativo para estancar o sangramento. Flavinha não se deixou abalar e foi para sua apresentação mesmo machucada pontuando 13.666, uma nota boa para um aparelho tão difícil. Nas barras, ela tinha “sangue nos olhos”. Queria tirar uma ótima nota.

 

Outra que teve que ultrapassar seus limites foi Lorrane Oliveira. A atleta brasileira de 26 anos perdeu a irmã nesse ano e foi a primeira atleta do Brasil a se apresentar na competição. Ela também fez uma boa apresentação, mas não foi a melhor do Brasil no aparelho que foi Rebeca Andrade, 14.533.

Na trave, o Brasil mostrou algumas dificuldades e deixou todos tensos com uma possível saída da disputa pelo pódio. Julia, Flavinha e Rebeca fizeram 12.400, 13.433 e 14.200, respectivamente, colocando o Brasil em 5º lugar geral.

Pra História

A reação brasileira veio no solo e no salto, duas modalidades que somos referência mundial. Destaque para Rebeca Andrade que no solo encantou todos os espectadores fazendo uma belíssima apresentação com manobras de difícil execução e coreografias ao som de funk brasileiro.

No último aparelho, o quadro geral mostrava os Estados Unidos em primeiro e a Itália em segundo praticamente garantidas no topo. Enquanto isso, Brasil disputava o bronze com China, Canadá e Grã-Bretanha. Rebeca Andrade foi a última brasileira a se apresentar e voou alto pra pontuar incríveis 15.100. A decisão ficou para a última apresentação da Grã-Bretanha que precisava de uma nota muito alta, mas nada aconteceu.

Por Paulo Karam – repórter do Fim de Jogo, integrante do projeto da DC Press / Fimdejogo e da Universidade Veiga de Almeida. Supervisão Cris Dissat e Daniela Oliveira. Fotos: Miriam Jeske/COB e Ricardo Bufolin/CBG

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Post Author: Equipe Fimdejogo