O placar poderia ser até ter cara de perigoso, mas foram só lembranças. A promessa era de um grande jogo e o primeiro tempo entregou tudo e mais um pouco. Aos 15 minutos a bola parecia que estava acima da velocidade permitida. Ataque de um lado contra-ataque do outro. Muita briga pela posse da bola e duas equipes que estavam convencidas de suas estratégias.
O Flamengo tinha as ausências de David Luiz e Allan para a partida, porém os titulares (será que o momento é de reservas e titulares?) deram total conta do recado. No começo o Palmeiras começou mais com a bola e chegou a assustar a defesa rubro-negra. Mas pra alegria do time carioca a situação mudou aos 18 minutos, Pedro recebeu passe mágico de Pulgar e empurrou pro fundo da rede.
A essa altura o Flamengo já era melhor no jogo. Ganhava todas as divididas e não brincava na defesa. O segundo gol estava maduro e aos 29 minutos Arrascaeta recebe cruzamento de Cebolinha e de cabeça faz o segundo do Flamengo. Final do que provavelmente foi o melhor primeiro tempo do Flamengo até agora na era Tite, Flamengo 2×0 Palmeiras.
Na segunda etapa a velocidade diminuiu, mas só um pouco. Melhor para o Flamengo que viu o zagueiro Gustavo Gomez do Palmeiras ser expulso aos três minutos do segundo tempo. Mesmo com um a mais no jogo, o Flamengo manteve o foco e ficou com os olhos abertos do início ao fim. Mais tarde o comprometimento tático deu resultado. Aos 19 minutos, bola bem trabalha pelo Flamengo vem com cruzamento de Cebolinha para Gerson ajeitar de cabeça para Pedro, que só precisou de um toque na bola para marcar o terceiro do Mengão, o segundo dele e o terceiro do Flamengo.
No fim, sobrou tempo para “Olé, Olé”, show de luzes nas arquibancadas e muita, mas muita cantoria da torcida rubro-negra que saiu do Maracanã sorridente. Final, Flamengo 3×0 Palmeiras.
Tem olé na arquibancada
Flamengo x Palmeiras pic.twitter.com/YmdVqQA0Vv— Fim de Jogo (@fimdejogo) November 9, 2023
Público e renda
Ingressos esgotados e o trecho sem torcedores apenas abaixo da torcida do Palmeiras, no setor sul. No total tivemos: 64.590 presentes, 60.997 pagantes e renda de R$ 3.248.715,00.
Que movimento
Era previsto um bom público, mas de repente a notícia de ingressos esgotados dava o tom da movimentação que seria no entorno do Maracanã. Os torcedores não chegaram de uma vez, mas o volume de gente cresceu rápido, a partir das oito da noite.
O pessoal se espalhou muito, mas na descida da rampa do metrô e na descida do Viaduto Oduvaldo Cozzi, próximo ao acesso do setor Norte eram os mais agitados. Foi dia de ouvir algumas histórias inusitadas, como o ambulante que tentou entrar na área fechada do entorno e escutou que era proibido. Só que ele apontou para outro ambulante mais à frente e ai veio a resposta: Ahhh aquele eu não passar…
Depois foi a vez da dúvida e o impasse de outro ambulante: Pô, eu trago Heineken e eles pedem Bhrama. Ai eu trago Bhrama e eles pedem Heineken. Ai fica difícil né.
Não vimos grandes problemas na chegada, mas algumas filas significativas, como a da Torcida do Palmeiras, que ocupou um trecho do muro na frente do Célio de Barros e na área interna, onde é colocada uma bilheteria provisória.
Cobertura Cris Dissat, fotos Celso Pupo/DC Press e Paulo Karam – do Projeto Educacional do FimdeJogo/DC Press e a Universidade Veiga de Almeida. Supervisão do projeto Daniela Oliveira.
