Arbitragem Brasileira na Copa do Mundo 2022

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A Copa do Mundo é o evento mais esperado pelo público do futebol. A cada quatro anos todos os craques do mundo da bola se reúnem e disputam o tão sonhado título mundial.

Assim como os jogadores, na arbitragem também são selecionados os considerados os melhores de vários países. Apesar do assunto ser bastante polêmico por aqui, o Brasil emplacou uma série de profissionais no torneio. São eles: Wilton Pereira Sampaio, Raphael Claus, Rodrigo Figueiredo, Bruno Boschilia, Bruno Pires, Danilo Manis e Neuza Ines Back.

Arbitragem brasileira em todas as funções?

Em quase todos os segmentos da arbitragem teremos um representante. *Em princípio havia uma previsão de que o Brasil ficaria de fora em apenas uma função.  Se você pensou no VAR, está correto, mas para os homens. Essa participação conta com dois árbitros de campo e outros seis assistentes. A arbitragem inglesa também ficou de fora do VAR, curiosamente, são os dois campeonatos nacionais que mais sofrem críticas pelo uso da ferramenta de maneira equivocada. Entretanto isso mudou.

*Atualização – Diferente do que estava previsto, temos uma brasileira na equipe do VAR no jogo entre França x Polônia, a árbitra Neuza Ines Back.

Stéphanie Frappart junto Neuza Back e Karen Díaz Medina se tornaram o primeiro trio de mulheres a  apitar uma partida da Copa do Mundo da FIFA.

Para entendermos melhor a participação da arbitragem brasileira na Copa do Catar 2022, contamos com os esclarecimentos do ex-árbitro Luís Antônio Silva dos Santos, conhecido como Índio.

FimdeJogo: Por que a falta de um ‘VAR brasileiro’?

Índio: A CBF indicou os dois nomes, o Raphael e o Wilton com esse objetivo. Caso eles (FIFA) entendam ser necessário, eles podem utilizar o Wilton, que eu acho está muito bem preparado para desempenhar essa função de VAR, porque ele atende a todos os pré-requisitos e principalmente por já ter ido para uma copa. Acho que a CBF acertou em indicar esse dois nomes, muito bem preparados.

FimdeJogo: Chamou a atenção o números de árbitros e assistentes brasileiros na Copa, a última vez que a CBF enviou mais de 1 nome para o cargo, foi na copa de 1950. Isso acontece em função do nível dos profissionais brasileiros?

Índio: Por mais que possam dizer que nossa arbitragem é ruim, ela é ruim para o brasileiro, que exige um nível altíssimo. Todo brasileiro é um bom técnico, bom jogador e bom árbitro. Mas a gente sabe que é muito difícil conduzir um jogo seja de Casados x Solteiros até uma Copa do Mundo. Vejo a arbitragem brasileira por todos os aspectos e adversidades que tem como uma das melhores do mundo, a prova disso é a quantidade de árbitros apitando no Qatar.

FimdeJogo: Além de todas essas surpresas, tivemos uma notícia muito boa, com a presença de Neuza Inês Back, que será a primeira mulher brasileira a participar de uma Copa do Mundo. qual o potencial dela no Qatar?

Índio: O mundo se modernizou e as mulheres estão tão preparadas quanto os homens, tem condições e no momento que você dá oportunidade elas estão preparadas, ocupam o espaço e correspondem a todos os pré-requisitos. Isso é fantástico. Temos que trabalhar quem tem condição e esse é o momento de mostrar que o esporte não é exclusão e sim inclusão.

 

 

Por Antonio Brenna – repórter do Fim de Jogo, integrante do projeto da DC Press / Fimdejogo e da Universidade Veiga de Almeida. Supervisão Cris Dissat. Fotos Celso Pupo

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Post Author: Equipe Fimdejogo