Uma imagem traduziu uma postura diferente, um recado, uma atitude, uma mudança de pensamento. Uma foto que foi o símbolo da partida e valeu pelo jogo inteiro. Parabéns Germán Cano! Foto Celso Pupo.
O jogo parece ter tido mais do que uma disputa entre o time da casa e o visitante. Algo a mais e interno, após as publicações no meio da semana, a comemoração de Cano, que ganhou as redes sociais, seguida da comemoração de Leandro Castan.
O choque de pensamentos traduz bem o que acontece na sociedade, onde compreensão e intolerância estão disputando um espaço. Algo que não precisaria ser feito.
Jogo
Um primeiro tempo que nem Vasco e nem Brusque animaram os torcedores. No Twitter, o destaque no início da partida foi o estado do gramado, que depois de duas seguidas era previsível que ficasse muito ruim. Isso porque o Vasco havia jogado na quinta e só poderia entrar em campo no domingo. Já o Fluminense estava sem o Maracanã.
De diferente foi quando encontramos o time do Brusque perto de onde a imprensa chega nas arquibancadas. Algum problema aconteceu e tiveram que usar outro vestiário e, com isso, entraram no jogo pelo meio do gramado na área atrás do banco de reservas.
Segundo tempo
Foi bem bem melhor do que o primeiro, com os três gols – Cano e Leo Matos (Vasco) e Edu (Brusque) – com discussões, pedido de pênalti, correria e muitos erros. Bons contra ataques do Brusque, rápidos, mas a maioria sem conseguir boas finalizações, só que assustando os torcedores. Depois do primeiro gol, e talvez consequência da comemoração, o clima mudou transformando o jogo com mais emoção, mas não melhor.
Mosaico, Camisa e Manifesto
São três ações envolvendo a luta LGBT que serão organizadas pelo Vasco: mosaico nas sociais, camisa com a tradicional faixa branca com as cores do arco-íris e um manifesto envolvendo à sociedade civil.
O Vasco convidou clubes, atletas, torcedores, dirigentes, federações e a sociedade para repensarem seus posicionamentos através da carta Respeito e Diversidade, que pode ser lida neste aqui.
No texto, lembra como é difícil mudanças de comportamento no esporte, por ser um reflexo da sociedade. “O esporte tem o dever de ir além. A homofobia e a transfobia são alguns dos mais graves problemas do nosso tempo e o esporte ainda é, infelizmente, um dos seus espaços de mais forte reprodução. Mudemos juntos. O caminho é longo, mas o Vasco dará tantos passos quantos forem necessários neste debate, indispensável ao mundo atual. Independente da sua orientação sexual ou identidade de gênero, somos todos iguais. ”
No uniforme, o Vasco entra com uma camisa especial, em edição única, desenvolvida para marcar a posição do clube, que estará à venda nas lojas Gigantes da Colina e através da Vasco Store, e parte da verba arrecadada com as vendas será destinada à instituição Casa Nem, um centro de acolhimento que abriga pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade social.