Esse é o tipo de jogo que não dá para preparar a matéria antes do juiz apitar o final. Você até faz algumas previsões e possibilidade de título e abertura, mas quando está acompanhando de dentro do estádio e sente o clima entre times, comissões e dirigentes fica ainda mais difícil.
Foi uma explosão na hora que o jogo acabou com a vitória do Flamengo por 2 – gols de Arrascaeta e Gabigol – a 1 para o Internacional – marcado pelo Edenílson – tanto entre os jogadores quanto quem estava do lado de fora.
A comemoração na rua foi com o pessoal que não foi embora, depois da recepção e confusão antes do jogo. O pessoal comemorou literalmente no meio da rua Eurico Rabelo, como o vídeo que o Daniel Dissat mandou. Depois seguiram até o acesso da rampa do metrô, que foi quase o trajeto como se estivessem indo pra casa pela rampa do metrô, agora sem tanta aglomeração (ufa).
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Som do jogo
Depois dos vários experimentos ao longo de 2020, a música-torcida foi abandonada de vez. Mas a barulheira das comissões técnicas e pessoas que acompanham os times, além da imprensa (que não pode se manifestar), é muito grande. Gritos dentro e fora do gramado dão o clima do jogo e algumas vezes bem quente. Neste domingo, no Maracanã foi assim, com o pessoal do Flamengo lá no Maracanã Mais e a turma do Inter em um camarote na ponta direita do setor Oeste Superior. Se fossem dar todos os cartões pedidos aos berros, não sobrava ninguém.
Pré-Jogo Movimentado
O agito do jogo sem público começou bem antes, com divulgação e “convocação” de rubro-negros para recepcionar o time antes do jogo com o Internacional. Apesar do aviso ter sido para meio-dia, não achamos que o pessoal iria aparecer tão cedo. (fotos Celso Pupo, vídeos Cris Dissat)
Era meio-dia quando ouvimos fogos e vimos o movimento começar na rampa do metrô. Um risco porque sabemos o quanto é preciso evitar as aglomerações. Apesar de ser um pouco imprevisível, havia uma expectativa de que o entorno do Maracanã receberia cerca de 10 mil pessoas.
Pela manhã, acompanhamos o gradeamento no entorno do estádio e a previsão de conter o pessoal. Não houve repressão, enquanto os torcedores chegavam e nem se aproximando da entrada do portão 2, mas quando o ônibus do Flamengo entrou no Maracanã, começou a confusão para dispersar.
Era difícil conseguir explicar o que aconteceu quando você está no meio de tudo. Mas uma internauta – @paulacavalcannt – conseguiu talvez explicar a sensação: “Minha gente que coisa linda e preocupante”. Foi isso, ao mesmo tempo que ver os torcedores daquele jeito era emocionante, também era preocupante demais. Só que não é com bomba que se resolve. Se isso fosse verdade, bastava jogar bomba de efeito moral na orla e dispersar todo mundo. O que seria um erro gigante. Não é assim que as coisas são resolvidas. Ou se prevê antes ou se pensa em estratégias. O debate que acontece, na verdade, não é em função do fato e sim do futebol.
A pergunta que me fizeram, refaço aqui: Foi assim a repressão na chegada do Palmeiras em São Paulo? E se era pensando em não aglomerar a ação não tinha que ser antes e não depois que todo mundo tinha se aglomerado?